O fim de uma era.

   Quarta-feira eu estava zapeando e vi rapidamente o programa Saca Rolha no canal 21/SP emissora que pertence à Band com a participação de Mariana Weickert, Lobão e Marcelo Tas e lá tinha um convidado que por um erro de formato do programa passou despercebido o que é normal com todos os convidados.

   Lá estavam discutindo a homossexualização do homem, com a nova geração de homens metrossexuais, emoboys (garotos sensíveis que choram em filmes românticos), ubersexual e afins e eu lembrei da pesquisa feita com as causas da eliminação dos hormônios derivados de pílulas contraceptivas na água potável. A quantidade de homens inférteis é cada vez maior e o estudo feito diz que uma das causa é o consumo da água que sofre modificações, sem contar com o uso dos notebooks sobre o colo, selins de bicicleta para os marombeiros que ficam sentados por horas a fio sobre os bagos, cigarro e stress.

   Mulheres, todas num futuro bem próximo vão se tornar lésbicas ou terão que encomendar homens das diversas fábricas de homens transgênicos. Agora as mulheres procuram clínicas para terem filhos, no futuro para terem homens, atéconsigo ver as famílias abastadas fazendo a Poupa-Macho que serve como uma poupança pra faculdade mas assegura ao direito da filhota de ter um marido.

   No texto anterior eu falei sobre minorias, pelo jeito acabei de criar mais uma minoria, a dos pobres que não tem dinheiro para comprar um marido para as filhas.

Fez cagada? Não quer punido? Entre pra alguma minoria.

   Cansei das minorias. Todas são vítimas, mas a única que não é prejudicada é a minoria rica e é a causadora dos males da sociedade.

   O presidente vive falando que a burguesia o quer fora do poder (mas foi a grande colaboradora da campanha que o elegeu) e agora temos um pagodeiro que usa a bandeira do racismo não declarado para justificar seu ato de selvageria. Sinto medo se este texto cair na mão dele, pois ele já tem um histórico pra lá de longo em caso de agressões físicas e é capaz de me chamar de racista, me surrar e depois me chamar de playboy.

   Será que todos os crimes e contravenções podem ser justificados pelo fato de pertencermos a minorias? Quanto mais usamos esse recurso para justificar nossos erros, mais fica evidente que a diferença entre os povos existe e que há a necessidade da separação. A segregação racial e social, portanto, é um mal necessário.

   Esse tal apresentador realmente faz questão de dizer que é mano, que é da periferia e que venceu, mas pelo jeito, o modo mano de ser não é apreciável e não pode ser tomando como um exemplo de virtude.

   Em um comunicado enviado à imprensa ele disse que foi vítima de brincadeiras que mexiam com o orgulho da raça a qual ele pertence, e com sua honra convenhamos que isso é meio impossível, porque nenhum humorista por mais burro que seja vai fazer piadas racistas num país onde a população atual é formada em sua maior parte por negros e afro-descendentes. A defesa da honra com uso de violência física parece coisa de marido traído que mata a mulher pra justificar o chifre.

   Eu acho horrível esse lance de não poder chamar negro de negro, temos que chamar de moreno. Lembro que era novinho e a gente falava preto, e até hoje na Bahia muita gente se refere aos negros como pretos e isso dito de uma forma natural, não é ofensivo.

   Existe piada de português, judeu, árabe, gay... mas piada de preto é insulto e como diria o Silvio Luís, numa de suas locuções esportivas: - "Pelo amor dos meus filhinhos, dois brancos e um escurinho".

   Humor é humor e ignorante é aquele que vê tudo como forma de opressão.